Monday, November 26, 2007

Turismo - Caves decantam o vinho do Porto


Aroma de uva paira na ribeira de Vila Nova de Gaia. Ali estão as caves do Vinho do Porto, a decantarem a história e o produto, entre a preferência mundial. Experimente fazer uma visita guiada e curta este roteiro, cercado de tonéis, pipas, garaffas, copos com design de Siza Vieira e degustações.

Vila Nova de Gaia - As caves do Vinho do Porto, em Vila Nova de Gaia, fazem parte do roteiro obrigatório para quem deseja aprofundar-se na história e no sabor do produto mundialmente conhecido. Ao todo, são 17 caves catalogadas pelo Instituto do Vinho do Porto (IVP) e decantam as mais variadas categorias do vinho e as suas histórias seculares, preservadas através de gerações.

O Vinho do Porto é fortificado e produzido na Região Demarcada do Douro. Distingue-se dos vinhos comuns pelas suas características particulares: uma enorme diversidade de tipos em que se surpreende a riqueza e a intensidade de aromas incomparáveis.

Existe um conjunto de designações que possibilitam a identificação dos diferentes tipos de Vinho do Porto e pode ser conhecido através de uma visita às caves de Gaia, onde o produto encontrou seu melhor microclima para armazenagem.

No Museu do Vinho do Porto Sandeman, o único do gênero em Portugal, existe um tesouro de artefactos coleccionados por várias gerações. Foi o escocês George Sandeman quem distribuiu, em 1790, o que é reconhecido como o primeiro e verdadeiro Porto Vintage. Ali é possível, como em todas as caves, fazer uma degustação de algumas safras.

São nos laços de família e de amigos que a Cockburn’s se consolidou. Fundada em 1815, é considerada empresa líder em termos de conhecimentos técnicos e investigação. As suas caves estão na avenida central, toda ela pavimentada em calçada de basalto à portuguesa, com os símbolos da companhia e que percorrem uma imensidão de pipas e toneis de carvalho centenários, onde lentamente envelhecem os melhores lotes de Vinho do Porto.

Na cave do Vinho do Porto Offley existe toda a documentação do negociante, enólogo, pintor e cartógrado Barão Forrester e o seu empenho em contribuir decisivamente para a organização da mais antiga Região Demarcada do mundo, o Douro, através da elaboração dos primeiros mapas detalhados.

Historicamente, a região vitícula do Douro revela que os vestígios dos cultivo da vinha em tempos pré-históricos fundem-se às narrativas do seu incremento no período de ocupação romana. A designação “Vinho do Porto” surge por volta da segunda metade do sec. XVII. O tratado de Methuem, assinado entre Portugal e Inglaterra em 1703, dava tratamento preferencial ao vinho português em relação aos vinhos franceses.

De acordo com o Instituto do Vinho do Porto, no ano pombalino de 1756, reorganizou-se a economia portuguesa e instituiu-se a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro. Em 1757, o Marquês de Pombal delimitou as melhores áreas de produção do vinho do Vale do Douro, com sólidos marcos de granito, os Marcos de Feitora. Surgia assim a primeira região demarcada.

Para garantir a genuidade do Vinho do Porto, foi fundado em 1933 o Instituto do Vinho do Porto. O IVP é responsável pela certificação e fiscalização da Denominação de Origem “Porto”, controlando a qualidade e a quantidade dos vinhos susceptíveis da obtenção da Denominação de Origem, através da regulamentação do seu processo produtivo e da submissão prévia a um rigoroso controlo de qualidade. Após ser aprovado, o vinho adquire o direito ao uso de denominação “Porto”, ao Selo de Garantia e ao Certificado de Denominação de Origem.

É de Siza Vieira o design dos novos cálices de vinho, que podem ser facilmente encontrados à venda nas caves e que trazem como diferencial o seu suporte, onde é possível segurá-los com mais firmeza e finess.

'Estrada' fluvial e Cheias

A produção do vinho do Douro sempre utilizou-se da grande 'estrada fluvial' que é o Rio Douro para transportar os toneis à Vila Nova de Gaia para sua decantação. Entretando, as caves de Vila Nova de Gaia já conheceram a fúria do Douro e enfrentaram várias enchentes ao longo dos anos. Nas paredes da ribeira podem ser vistas as demarcações das cheias. Pelos registos, uma das mais devastadoras ocorreu em 1909 (ver Douro 1909).

Conheça algumas características dos diversos Vinhos do Porto:

Estilo Ruby – cor intensa, aroma frutado, vigor dos vinhos jovens.
Vintage – proveniente de uma só colheita
L.B.V. (Late Bottled Vintage) – menos adstringente e encorpado que o Vintage
Reserva (Ruby) – resultante da lotação de vinhos jovens
Bottle Matured – envelhece durante um período de três anos
Estilo Tawny – aromas que lembram os frutos secos e a madeira
Tawny – vinhos de elevada qualidade provenientes de lotes de vários anos
Colheita – assemelham a um tawny, mas só comercializados após sete anos após o ano da colheita
Tawny Reserva – cor tinta aloirada, com aromas de frutos secos, torrefacção e madeira
Branco – diferentes graus de doçura
Reserva Branco – tonalidade dourada, boa complexidade de aroma


Caves do Vinho do Porto em Vila Nova de Gaia:


Calém
Ferreira
Ramos Pinto
Barros
CockBurn’s/Martinez
Croft
Burmester
Kopke
Offley Forrester
Osborne
Quinta do Noval
Romariz
Rozès
Sandeman
Taylor, Fladgate & Yeatman
Graham
Wiese & Kronh


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